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Teoria da Evolução e a Remoção do Criador da Sociedade Moderna.

  • Foto do escritor: Everton Coutinho
    Everton Coutinho
  • 11 de mar. de 2020
  • 11 min de leitura

Atualizado: 12 de mar. de 2020




Recentemente eu tive a oportunidade de visitar o Museu de História Natural em Washington DC, nos EUA. Confesso que fiquei impressionado com sua beleza e tamanho enquanto andava pelos seus salões. O museu é a maior coleção de história natural do mundo, abrigando cerca de 185 cientistas profissionais de história natural - o maior grupo de cientistas dedicados ao estudo da história natural e cultural do mundo. Divido em várias salas com setores diferentes, incluindo dinossauros, geologia, oceano, mamíferos, plantas, insetos, origem humana, etc...O museu realmente é algo de tirar o fôlego.


Apesar de sua beleza e tamanho, eu notei algo que me deixou extremamente incomodado: não há menção de Deus em lugar algum. Pense comigo: Como o Criador de tudo o que o museu exibe em suas salas (animais, plantas, seres humanos, a natureza em geral) não é sequer mencionado nesse lugar? Embora exista um setor inteiro dedicado à teoria da evolução e seleção natural com uma escultura de Charles Darwin, nada se encontra sobre o Criador dos céus e da terra.


Porquê será? Poderia o livro de Gênesis estar errado e os cientistas da nossa sociedade moderna estarem certos? Será que os seres humanos poderiam ser produto da evolução? Se sua resposta for não, então porquê que a teoria da evolução e a seleção natural são ensinadas como fatos em nossas escolas e universidades e Deus está ausente nos ensinos das salas de aula? Como chegamos a esse ponto?


Porquê que a teoria da evolução e a seleção natural são ensinadas como fatos em nossas escolas e universidades e Deus está ausente nos ensinos das salas de aula?

Por favor, continue lendo que eu tentarei responder a essa triste porém importante pergunta nos próximos parágrafos.


A idéia de que os seres vivos evoluíram ao longo do tempo, explicando a vida apenas em termos "naturais", está tão de acordo com o pensamento ocidental do século XXI que quase ninguém a contesta. É o padrão pelo qual a maioria das pessoas pensam, seja dentro da Igreja ou fora dela. Hoje em dia, aquele que discordar da teoria da evolução e da seleção natural, principalmente dentro das salas de aula, corre o sério risco de ser taxado como inculto ou ignorante.


Sinônimo da teoria da evolução é o naturalista britânico Charles Darwin. Mas poucos são os que sabem que essa teoria não se originou com ele. Ela já vinha se desenvolvendo há 2400 anos, originando-se na costa jônica do antigo Mileto na mente do filósofo grego Anaximandro (610 - 546 a.C.). O conceito de que a vida existe por si só através de leis naturais e mecanismos inertes foi essencialmente criado por esse filósofo grego há 26 séculos atrás, na costa do mar Mediterrâneo.


Anaximandro presumiu que todos os animais vieram originalmente do mar ou do lodo primitivo que outrora cobria a Terra. Os primeiros animais teriam sido peixes ou criaturas semelhantes a peixes. De acordo com o filósofo, eles se mudaram para a terra quando a Terra ficou seca e se adaptaram para viver lá. Os seres humanos, especificamente, não poderiam ter nascido na sua forma atual, porque os bebês não são auto-suficientes, então alguém teria que alimentá-los. Esse pensamento evolucionista foi o começo de um mecanismo para explicar sistematicamente o Universo e a vida apenas em termos "naturais". O conceito de Anaximandro abriu as portas para a heresia e militou contra o conhecimento de Deus. Sua teoria basicamente remove de Deus aquilo que é indispensável ao Seu caráter, ou seja, o único Criador e Governador do Universo. Simplificando, o que faz de Deus 'Deus' foi agora descartado por esse filósofo e substituído por evolucionismo e leis naturais.


O conceito de Anaximandro abriu as portas para a heresia e militou contra o conhecimento de Deus.

Enquanto o povo judeu, povo cuja formação inteira era de YAHWEH (Jeová), nem sequer tinham uma palavra ou conceito para 'evolução' ou 'leis naturais', Anaximandro surgia com suas presunções e filosofias, removendo Deus da mente das pessoas. Seu impacto pode ser visto até nos dias de hoje, no ensino superior, ensinando as massas a partir do ponto de vista evolucionista. Qualquer coisa fora dessa visão é simplesmente mística e ignorante.


Alguns séculos depois, um outro filósofo grego, Aristóteles (384-322 aC), pessoa mais citada e referenciada em toda a Enciclopédia Britânica, foi moldado por essa visão evolucionista e a propagou globalmente através de seus livros e de sua escola. Aristóteles, que considerava Anaximandro um gênio, seguiu os passos de seu compatriota, convencendo as massas a acreditarem que a humanidade não precisa de revelação de Deus, mas apenas de observação dos detalhes para definir tudo o que é, exaltando a percepção humana. A sabedoria de Deus e a revelação foram colocados de lado, e um antropocentrismo começou a se formar. O homem começa então a avançar para o centro do palco.


Quando Aristóteles retornou à Macedônia depois de estudar aos pés de Platão em Atenas por 20 anos, ele começou a ensinar um jovem garoto chamado Alexandre, também conhecido como ‘Alexandre, o Grande’. Sob a orientação de Aristóteles, Alexandre foi treinado durante sua infância a enxergar o mundo de um modo bem específico e intoxicante, enraizado no aristotelianismo e no platonismo. Já adulto, com sua cosmovisão naturalista formada, Alexandre cresceu e veio a se tornar o rei da Macedônia, conquistando grandes áreas da Europa, África e Ásia, fazendo uma lavagem cerebral em todos os seus inimigos conquistados, propagando assim o Helenismo (cultura grega). Com as conquistas de Alexandre, o pensamento de Aristóteles, juntamente com os que herdou de Anaximandro, Sócrates e Platão, se espalharam por toda parte, juntamente com a língua e a cultura grega.

Aristóteles, através de seu aluno Alexandre o Grande, abriu o caminho para a visão ocidental moderna da Evolução e do Naturalismo. Embora Anaximandro tenha erguido os pilares, Aristóteles construiu a catedral.


Aristóteles, através de seu aluno Alexandre o Grande, abriu o caminho para a visão ocidental moderna da Evolução e do Naturalismo.

Enquanto os discípulos do Messias reverenciavam e se inspiravam nos patriarcas da fé cristã (Abraão, Isaque, Jacó e Moisés), a sociedade secular no Ocidente adquiria sua “sabedoria” dos filósofos (Anaximandro, Sócrates, Platão e Aristóteles).


Avançando 1000 anos, uma mudança histórica ocorreu na cultura da Europa que alterou o mundo ocidental: a invenção da técnica de impressão por Johannes Gutenberg, da Alemanha, em 1440. A prosperidade econômica e a capacidade de produzir livros de maneira mais eficiente e mais econômica, deram origem a um senso de progresso e a um período importante da história chamado 'Renascença', trazendo de volta o ‘grego clássico’ e consequentemente a suposta sabedoria e a cosmovisão dos filósofos, que agora estavam a disposição a todos da sociedade. Enquanto os pensamentos de Aristóteles eram concretizados na mente da população, especialmente em Londres, Deus estava sendo afastado da cultura e da sociedade. O renascimento do aristotélico durante a Renascença (o renascimento cultural da Europa) desenvolveu a idéia de que você só tem um mundo natural e conhecer seus segredos é a busca primordial da humanidade.


Cerca de 200 anos mais tarde, um grande derramamento de sangue encheu grande parte da Europa durante os combates entre católicos e protestantes durante os trágicos eventos da 'Guerra dos Trinta Anos' (1618-1648). Em reação a essa terrível guerra, nasceu a era chamada 'Iluminismo'. O Iluminismo foi um grupo de idéias filosóficas com os principais pilares: natureza, razão, tolerância e progresso humano, que, construído sobre a Renascença, promoveu o desenvolvimento em direção ao Naturalismo.


Antes do movimento iluminista, a maioria dos acadêmicos eram teólogos. Porém, após a Guerra dos Trinta Anos, os líderes fora da Igreja se uniram com um objetivo em comum: redirecionar e desenvolver uma sociedade baseada na razão, nas leis naturais e no esforço científico, livre das doutrinas opressivas da religião organizada e de qualquer divindade. À medida que a verdadeira Luz diminuía, uma luz falsa e fajuta brilhava na mente dos homens.


À medida que a verdadeira Luz diminuía, uma luz falsa e fajuta brilhava na mente dos homens.

Avançando mais alguns anos, chegamos a um homem chamado James Hutton (1726-1797). Hutton desenvolveu e formou a teoria do uniformitarismo; a crença de que mudanças na crosta terrestre durante a história geológica resultaram da ação de processos contínuos e uniformes. Esse ciclo contínuo de auto-manutenção é infinito e baseia-se em leis e causas naturais e em nenhuma ação direta, direção ou poder de qualquer divindade.


Antes de Hutton, as pessoas geralmente aceitavam que a Terra tinha cerca de 6000 anos, com base no relato Bíblico, mas agora, com Hutton questionando a verdade da Bíblia, ele propusera que a Terra era extremamente mais antiga, que não houve um dilúvio global, que não há um ‘ser’ que governa o universo, e que não existe razão para acreditar ao contrário.

Uniformitarismo, uma hipótese que não pode ser testada e impossível de se provar, tem sido a ideia essencial de Hutton que é ensinado até nos dias de hoje. É um padrão usado em praticamente todos os campos da ciência.


Agora pense comigo, de que outra forma eles poderiam explicar a teoria da evolução, originada por Anaximandro, a não ser que que a Terra tenha bilhões de anos? Se a Bíblia está correta e o livro de Gênesis é verdadeiro e literal, e a Terra tem cerca de 6000 anos, então a teoria da evolução não pode ser verdadeira, pois de acordo com a mesma, é necessário milhões de anos para uma mudança de espécie ocorrer e ser observada, e se a evolução e a seleção natural não são verdadeiras, então provavelmente há um criador, um ser extremamente poderoso e inteligente que criou a terra e tudo o que nela há, inclusive os seres humanos. Vale lembrar que o assunto debatido aqui é a evolução darwiniana, e não por exemplo, ‘adaptação’, que é quando uma espécie se adapta ao um novo habitat. Os pássaros observados no Arquipélago de Galápagos, no oceano Pacífico, apesar de ocorrer uma mudança nos bicos e nas asas, continuaram sendo pássaros. Não há e nunca houve uma mudança de espécie, como a teoria darwiniana sugere, e nem tal mudança poderia ser observada, pois de acordo com a própria teoria, levaria milhões de anos para ocorrer.


Alguns anos depois da morte de James Hutton, nascia o nome principal da teoria da evolução, Charles Darwin (1809-1882). Darwin era inglês e, como muitos outros filósofos, nasceu em riqueza e privilégio.


Em 27 de Dezembro de 1831, o HMS Beagle lançou sua viagem ao redor do mundo com Darwin a bordo. Dos livros que Charles levou consigo a bordo, um deles era a 'Bíblia Sagrada', e o outro era 'O Princípio da Geologia', de Charles Lyell. Ao longo da expedição, o navio viajou ao redor do mundo, indo de ilhas em ilhas, abrindo um novo mundo para Darwin. A cada parada, Darwin, coletava uma variedade de espécimes, incluindo pássaros, criaturas marinhas, plantas e fósseis, enquanto se aprofundava nas páginas do livro de Charles Lyell. Mais tarde, ele recebeu o segundo volume do livro pelo correio e o leu de capa a capa, sendo fortemente influenciado por suas teorias. Muitas de suas descobertas e experimentos, Darwin enxergou através da cosmovisão de outras pessoas que vieram antes dele, como Charles Lyell, James Hutton, Francis Bacon, etc...Todos fortemente influenciados pelo aristotelismo. Foi então que Darwin começou a formular a teoria que é quase sinônimo de seu nome: Evolução.


Depois de voltar para a Inglaterra, ele passou as décadas seguintes de sua vida realizando experimentos, recebendo e dissecando cadáveres de animais, dialogando com seus contemporâneos, e tentando ardentemente, e sem sucesso, provar de alguma forma a idéia filosófica da evolução, sendo ela construída sobre várias suposições.


O seu livro inovador 'A origem das espécies por meio da seleção natural ou A preservação das raças favorecidas na luta pela vida', publicado em 1859, foi o que lançou ele ao público. Um divisor de águas ocorria na história, o último passo vital no caminho para a remoção de Deus como o Criador dos Céus e da Terra estava ocorrendo. Darwin, se apoiando sobre os ombros de outros que vieram antes dele, forneceu o suposto mecanismo de um universo auto-originário: a evolução da vida por mutação benéfica e os meios de seleção natural.


Fortemente influenciado por Charles Lyell, James Hutton, Francis Bacon e outros do passado igualmente moldados pela cosmovisão helenística (existem muitos outros que eu não mencionei), Charles Darwin escreveu seu livro que basicamente se tornou o livro acadêmico mais influente de todos os tempos, propondo que os humanos são meramente mamíferos aleatórios, sem propósito e sem sentido, impondo sua visão diabólica, como Anaximandro havia feito 2400 anos antes, estampando a palavra ‘ciência’ em sua visão filosófica.


A falsa filosofia, completamente não científica por todas as definições fundamentais, transforma as pessoas em meros animais e frequentemente intolerantes ao cristianismo. O naturalismo, começando com Anaximandro e finalizando em Darwin, roubou a humanidade e o nosso glorioso Criador. Sem Deus ou a vida após a morte, a vida não tem sentido e não há propósito, pois o ser humano é simplesmente um animal evoluído, sem valor algum.


O naturalismo, começando com Anaximandro e finalizando em Darwin, roubou a humanidade e o nosso glorioso Criador.

Vidas de vários jovens, mesmo aqueles criados em um lar cristão, correm o risco de serem devastados pelo ataque dessa teoria, ensinada como fato e invadindo todas as áreas acadêmicas, deixando-os afogados por essa onda diabólica.


Qualquer indivíduo ou grupo de pessoas que afirmam poder explicar de seu ponto de vista a natureza fundamental da realidade, denominada metafísica, é simplesmente ridículo e orgulhoso. A observação e a inteligência humana, afetadas pelo pecado, são extremamente limitadas, independentemente da tecnologia e de "pesquisas científicas". Afirmar ter as respostas da origem do universo, da existência e da própria vida é totalmente presunçoso e insensato.


Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade e disse:

“Quem é esse que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento?

Prepare-se como simples homem; vou fazer perguntas a você, e você me responderá.

“Onde você estava quando lancei os alicerces da terra?

Responda-me, se é que você sabe tanto.

Quem marcou os limites das suas dimensões? Talvez você saiba!

E quem estendeu sobre ela a linha de medir? Jó 38:1-5


No entanto, os escritores inspirados das Escrituras afirmam essa mesma verdade, mas apenas porque foi divinamente revelada a eles pela Pessoa que estava lá desde o princípio.


Somente o próprio Criador, que é soberano e mais poderoso que toda a ordem criada, poderia reivindicar o conhecimento perfeito das origens e da existência. Ao contrário dos seres humanos, Ele não é frágil, possui capacidade ilimitada de conhecimento, não é afetado por influências externas, não tem problemas psicológicos, lembra de todas as coisas e é eterno. Além disso, era e continua sendo Seu desejo revelar o que Ele criou e dar entendimento àqueles que pela fé recebem. A revelação divina é a única maneira de entender com precisão o Universo, a Terra, e a vida.


A revelação divina é a única maneira de entender com precisão o Universo, a Terra, e a vida.

Pelas Escrituras, sabemos que Deus criou os céus e a terra. Isso inclui toda a vida, passado, presente e futuro, sejam elas as feras ou os humanos, pássaros ou anjos, Deus sozinho é o Criador. E não somente isso, é Ele quem governa o Universo. As Escrituras nos afirmam que Deus está ativo em Sua criação. Ele não simplesmente apertou um botão e deixou o Universo no piloto automático, deixando tudo acontecer por si só. Não! A Bíblia é clara que Ele se importa com Sua criação e a governa com grande sabedoria.


“É o Senhor que faz crescer o pasto para o gado,

e as plantas que o homem cultiva,

para da terra tirar o alimento”. Salmos 104:14


Se o primeiro versículo da Bíblia não for verdadeiro (No princípio criou Deus os céus e a terra), o resto da Bíblia também não é. Portanto, quando se trata do centro da questão, chegamos a conclusão que esses ataques são simplesmente inspirados pelo Maligno para "remover" o Criador da mente das pessoas.


Deus está ativo em Sua criação. Ele não simplesmente apertou um botão e deixou o Universo no piloto automático, deixando tudo acontecer por si só. Não! A Bíblia é clara que Ele se importa com Sua criação e a governa com grande sabedoria.

Devemos pedir revelação sobre o que Deus projetou e estabeleceu claramente em Sua Palavra. Não fomos criados para ficarmos confusos sobre quem somos e de onde viemos. Não somos produto da evolução e a vida não existe por si só através de leis naturais e mecanismos inertes. Fomos criados à imagem de Deus com um propósito e um valor profundo. Deus criou o Universo, é o Autor da vida, sustenta todas as coisas e é ativo em Sua criação.


"Em sua mão está a vida de cada criatura e o fôlego de toda a humanidade". Jó 12:10


Portanto, mais do que nunca, precisamos da revelação dada por Deus através de Seus profetas, e não dos filósofos. Vamos ouvir de Jesus, Moisés, Davi, Ezequiel e Isaías e tapar os ouvidos para Anaximandro, Platão, Aristóteles, Hutton e Darwin.

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